Conforme a sociedade evolui e se desenvolve, todos os profissionais precisam se atualizar tecnologicamente, independentemente da área de atuação. Nesse sentido, os advogados não são exceção: para se tornarem bem-sucedidos em suas carreiras, devem se adaptar ao que é chamado de direito do futuro.
Mudanças tecnológicas, por exemplo, são inevitáveis, pois decorrem do surgimento de novidades que aprimoram a prestação do serviço, tornando os clientes cada vez mais exigentes. Assim, o jurista precisa atualizar seu perfil e adquirir novas características para acompanhar as exigências do mercado.
Quer saber o que é direito do futuro e qual é o perfil adequado do profissional? Respondemos a essas perguntas nesta publicação! Confira!
O que é direito do futuro?
O setor jurídico é marcado por um forte tradicionalismo, pois há um distanciamento de inovações em suas atividades. Entretanto, como é impossível evitar o progresso, o direito está caminhando para se tornar mais célere em diversos aspectos.
Isso significa que várias atividades estão se transformando com o objetivo de tornar o trabalho mais funcional. Como mudanças, podemos mencionar:
Ensino dinâmico
O ensino dinâmico é uma das mais relevantes inovações pedagógicas do direito. Ele se desdobra em diferentes práticas, sendo a interatividade do acadêmico com casos reais do cotidiano uma delas, de forma a incentivar a busca por soluções diversificadas para um mesmo litígio.
Outra inovação é a adoção do Ensino a Distância – EaD para se profissionalizar. São vários os benefícios fornecidos por essa modalidade de ensino, como:
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preços reduzidos: graças à tecnologia, a instituição de ensino consegue oferecer preços mais acessíveis;
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acessibilidade: aulas podem ser assistidas em diversos dispositivos (computadores, celulares, tablets etc);
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flexibilidade: o acadêmico pode assistir às aulas a qualquer momento e quantas vezes forem necessárias;
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conforto: aulas podem ser assistidas no ambiente mais adequado ao discente;
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foco no acadêmico: aulas podem ser pausadas e assistidas novamente, assim como o estudante pode enviar dúvidas quando quiser. Isso maximiza o aprendizado, pois o ritmo de estudo é definido por ele.
Reinvenção do trabalho
Os escritórios de advocacia mais atualizados e produtivos atualmente estão adotando plataformas de gestão (ERPs) que automatizam várias tarefas puramente burocráticas, como cálculos, gestão documental, controle de prazos etc.
Isso elimina erros humanos como atrasos e erros matemáticos e também traz mais economia, segurança e agilidade. Em razão dessas vantagens, a tecnologia também alcançou os tribunais por meio da recente implantação do Processo Judicial Eletrônico – PJe, sistema desenvolvido com o objetivo de aumentar a celeridade processual.
Ênfase na prevenção de conflitos e negociação
A advocacia preventiva é uma tendência atual do direito, a qual busca antever conflitos jurídicos e tomar as medidas necessárias para evitá-los — como um especialista em direitos trabalhistas que orienta gestores sobre como cumprir os direitos dos colaboradores para evitar processos, por exemplo.
Além disso, também há foco na resolução pacífica de litígios entre as partes: os advogados funcionarão como intermediadores, conciliadores e mediadores de eventuais conflitos contratuais, familiares, entre outros.
Qual é o perfil do profissional de direito do futuro?
Os juristas que acompanham as inovações da tecnologia e do mercado conseguirão se destacar perante seus concorrentes, fornecer serviços com mais qualidade e presteza, além de fidelizar seus clientes. Para isso, porém, é preciso que o profissional adote um perfil atualizado.
Primeiramente, o advogado deve se manter sempre aberto para conhecer as novidades que surgem no mercado, pois elas consistem em oportunidades de trabalho. Além disso, ele também deve:
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conhecer técnicas de gestão para tornar o trabalho mais prático e lucrativo;
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buscar novidades e novos conhecimentos em palestras, cursos EaD modernos etc;
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saber como se adaptar perante mudanças bruscas de mercado;
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pensar em soluções para problemas do escritório ou de seus clientes para encontrar soluções com melhor custo-benefício;
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aproveitar todas as ferramentas tecnológicas que podem beneficiar seu escritório.
Quais são as características que compõem o perfil?
Além das qualidades, o profissional deve se interessar por tecnologia e buscar oportunidades de trabalho nas novidades. A seguir, confira alguns exemplos de interesses que o advogado deve ter:
Internet e novidades tecnológicas
A atuação do jurista na tecnologia é chamada de advocacia digital. Toda modernização ou tecnologia necessita de um advogado para defender os direitos do usuário, do desenvolver ou da tecnologia em si. Aqueles que optarem por essa especialização podem atuar em:
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ações por danos materiais e morais;
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auditoria de sites;
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eleições online;
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elaboração de Termo de Confidencialidade ou de Termos de Uso e Política de Privacidade;
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identificação de autoria;
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registro de marcas;
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remoção de conteúdo ofensivo ou indevido de plataformas virtuais;
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riscos jurídicos pela exposição de conteúdo online;
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monitoramento de marca/nome de clientes na internet;
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orientação jurídica para campanhas comerciais e agências de marketing digital.
Além do direito, vários procedimentos do governo estão se tornando digitais, como os leilões nos quais os interessados efetuam lances de forma online. Essas são oportunidades bastante atrativas para os advogados mais modernizados.
Segurança da informação e criptografia
Atualmente, várias informações valiosas são armazenadas e transmitidas pela internet entre negociantes, tornando vulneráveis os dados de quem utiliza plataformas online.
Para ser capaz de orientá-los a trocar informações de forma segura, o advogado precisa ter conhecimentos basilares sobre segurança da informação, o que inclui certificados SSL, antivírus, firewalls, links maliciosos etc.
Quanto à criptografia, esse é um instrumento de segurança que torna textos e dados em códigos indecifráveis para aqueles que não têm uma chave específica para decodificá-los. Isso faz com que dados que sejam eventualmente roubados por criminosos virtuais sejam ilegíveis.
Além disso, o advogado deverá saber como funciona a segurança cibernética e a criptografia de dados para defender seu cliente perante juízo nas argumentações de suas peças judiciais. Ele também poderá aplicar as mesmas tecnologias para proteger as informações de seus clientes e de seu escritório.
Compliance e governança
Compliance consiste em se manter em conformidade com as leis e regulamentos, sejam internos ou externos. A atuação dos advogados focará em auxiliar seus clientes a se manterem de acordo com os órgãos reguladores.
O objetivo do compliance é prevenir questões jurídicas, multas onerosas e conflitos administrativos ou judiciais por irregularidades que poderiam ser evitadas com uma orientação adequada.
Provas eletrônicas e perícia digital
A perícia forense eletrônica consiste no emprego de conhecimentos sobre computação e telecomunicações para responder a questionamentos jurídicos.
Como a tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano dos brasileiros — por meio de contratos e prestação de serviços online, uso de imagem em redes sociais etc. —, a quantidade de atos ilícitos online cresce cada vez mais. Isso exige que os advogados entendam como funciona a perícia digital e aprendam a manusear as provas eletrônicas para resguardar os direitos dos seus clientes.
Quais são os desafios do advogado do futuro e como superá-los?
Ultimamente, tem havido um crescimento exponencial das informações no meio digital. As pessoas estão cada vez mais preferindo serviços virtuais e se comunicando por ferramentas de troca de mensagens online, como e-mails e WhatsApp.
A quantidade de informações que devem ser controladas pelo advogado é excepcionalmente volumosa, o que torna a prática humanamente inviável. Nesse caso, a solução mais adequada consiste na própria transformação digital do escritório do advogado.
Para isso, o profissional deve assumir o perfil e as características explicadas nessa publicação — ou seja, adotar uma cultura de inovação, ficar por dentro das tendências do direito e se interessar pela tecnologia.
O direito do futuro não deve ser encarado como um empecilho para o trabalho do advogado, mas como uma forma de expandir suas oportunidades e até mesmo de facilitar o exercício da advocacia.
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