Suzane von Richthofen e outros julgamentos famosos que foram adaptados para a TV

Foto: Carla Diaz interpreta Suzane Von Richthofen nos filmes “A Menina Que Matou Os Pais” e “O Menino Que Matou Meus Pais”

É comum nos depararmos com notícias sobre casos de crimes praticados e os altos índices de violência, quase que diariamente, e não só no Brasil. A criminalidade assusta e impacta todo mundo, apesar de ser uma pauta já conhecida. Alguns casos, no entanto, marcaram a história, seja pela perplexidade causada na sociedade ou por sua ampla divulgação na imprensa.

Confira agora 3 julgamentos muito famosos que, inclusive, viraram adaptações para o audiovisual – entre eles, a história de Suzane von Richthofen que estreou na plataforma de streaming paga da Amazon Prime Video, nesta sexta-feira, 24 de setembro, com os filmes “A Menina Que Matou Os Pais” e “O Menino Que Matou Meus Pais”.

Caso O. J. Simpson


Foto: Reprodução

Este, sem dúvida, é um dos casos mais conhecidos dos Estados Unidos. Orenthal James Simpson, mais conhecido como O. J. Simpson, foi um ator e jogador de futebol americano acusado de ter assassinado sua ex-esposa, Nicole Brown Simpson, e o garçom Ronald Goldman. 

O julgamento, realizado pela Corte Superior da Califórnia, durou quase um ano e foi um dos mais comentados pela imprensa americana, terminando com a absolvição do ex-atleta. O. J., alguns anos depois, acabou sendo preso por outros crimes, como assalto, sequestro e formação de quadrilha. Dessas acusações, no entanto, ele foi considerado culpado. A Netflix produziu uma série baseada no caso, chamada O. J. Simpson: American Crime Story.

Caso Suzane Von Richthofen


Foto: Arquivo Pessoal/Família Richthofen

O caso da família Von Richthofen, sem dúvida, foi um dos que mais chocou o Brasil, sendo lembrado até hoje. Em 2002, Suzane Von Richthofen, à época uma jovem de 18 anos, de classe alta, namorava Daniel Cravinhos. O relacionamento, porém, não era aceito pelos pais de Suzane, o que foi um dos motivos para o casal planejar o assassinato de Manfred e Marísia Von Richthofen

> Conheça a Pós-graduação em Direito Penal da FMP

O casal ainda contou com o auxílio de Cristian Cravinhos, irmão de Daniel, para a execução dos pais de Suzane. Manfred e Marísia foram mortos enquanto dormiam, na madrugada de 31 de outubro de 2002, com golpes na cabeça. Os criminosos ainda roubaram dinheiro — reais, dólares e euros — além de joias das vítimas, a fim de simular um latrocínio, mas, segundo a investigação policial, havia indícios para desconfiança diante da tese inicial, o que levou os investigadores a suspeitarem de um possível homicídio.

Foto: Cristian Cravinhos, Daniel Cravinhos e Suzane Von Richthofen

Já sob investigação, Cristian foi solicitado pela polícia a prestar esclarecimentos em relação à compra de uma motocicleta à vista em dólares, logo após o ocorrido. Durante os interrogatórios, ele não suportou a pressão e confessou o crime, o que levou o casal Suzane e Daniel a também revelarem a prática criminosa. O plano era o seguinte: matar os pais de Suzane, que não aprovavam o relacionamento dos dois, e ficar com a herança, afinal, a família Von Richthofen tinha muitos bens. 

O julgamento, realizado em 2006, durou cinco dias. Nele, Suzane Von Richthofen e Daniel Cravinhos foram condenados a 39 anos de prisão; e Cristian, a 38 anos de reclusão. Os três réus foram considerados culpados pelo crime de duplo homicídio qualificado pelo 1º Tribunal do Júri, presidido pelo juiz Alberto Anderson Filho.

O crime repercutiu tanto que virou livro, fez parte da primeira temporada da série “Investigação Criminal”, do canal de televisão a cabo A & E,e também foi adaptado para uma outra versão audiovisual, desta vez contada em dois filmes, recentemente lançados na Amazon Prime Video: “A Menina que Matou os Pais’‘ e o ”O Menino que Matou Meus Pais”.

Caso Steven Avery


Foto: Reprodução

O caso de Steven Avery se tornou mundialmente famoso após a sua vida ser contada em uma série da Netflix. Making a Murderer remonta as idas e vindas de Steven na cadeia do condado de Manitowoc, no Estado de Wisconsin, por conta de erros nas investigações e no julgamento do réu. 

Em 1985, Steven Avery foi considerado culpado pelos crimes de estupro e tentativa de homicídio, cuja sentença era de 32 anos de reclusão. No entanto, a partir de exames de DNA, provou-se, em 2003, que ele não cometeu o crime e que havia sido preso injustamente por 18 anos. 

> Conheça a Pós-graduação em Direito Penal da FMP

Solto, Steven retornou à sua vida e entrou com um processo contra agentes do Estado, a fim de ser indenizado por todos os anos em que passou preso injustamente. Porém, Avery foi preso novamente, dessa vez acusado de outro crime. Em outubro de 2005, a fotógrafa Teresa Halbach desapareceu. Ela teria se encontrado com Avery para fotografar um veículo no ferro-velho da família de Steven. 

O carro da jovem foi encontrado na propriedade da família, e seu corpo foi localizado carbonizado perto da casa de Steven. Além disso, as chaves do veículo de Teresa foram encontradas pela polícia local dentro do quarto de Steven. Ele foi preso e, em 2007, condenado à prisão perpétua. 

A defesa de Steven Avery, no entanto, alega conflito de interesses na investigação, na medida em que o réu movia um processo milionário contra agentes do Estado, o que, para os advogados, poderia levar a uma tentativa de incriminá-lo injustamente. Com várias reviravoltas no caso, Steven ainda está preso, aguardando a um possível novo julgamento. 

E você, já sabia das adaptações destes casos famosos para a TV?

> Conheça a Pós-graduação em Direito Penal da FMP

Conteúdos relacionados

link whatsapp